Começa hoje a última etapa na corrida de acesso à Liga Milionária. Quantos orçamentos têm o equilíbrio dependente do que acontecer nos próximos 180 minutos?
Dez eliminatórias, vinte equipas com os olhos postos no pote milionário colocado no fim do arco-íris do futebol, eis a derradeira recta em que os candidatos à fase de grupos da Champions têm de dar tudo por tudo para não serem relegados para a Liga Europa.
Hoje e amanhã fazem-se as primeiras movimentações para daqui a uma semana ficar tudo em pratos limpos.
Apesar de estarmos a falar, ainda, de um play-off de acesso à mãe de todas as competições de clubes, é possível encontrar alguns jogos de grande cartaz, de matriz latina (Sporting-Fiorentina), britânica (Celtic-Arsenal), francófona (Lyon-Anderlecht) ou de leste (Levski-Debrecen).
Em Portugal, a crónica aversão do Sporting ao cinismo italiano deverá ser ultrapassada. Os leões precisam de construir um resultado positivo, que os leve a viajar até Florença com o verde-esperança bem vivo na alma. Ora, a primeira premissa de um resultado positivo quando se está numa eliminatória europeia apertada é não sofrer golos em casa, especialmente se se joga a primeira-mão.
Foi assim que o Twente caiu (o Sporting teve sorte mas os holandeses puseram-se mesmo a jeito para que o inconformismo fosse premiado) e poderá ser assim, respondendo com uma dose ainda maior de cinismo, que a equipa de Paulo Bento pode começar a desbravar caminho rumo aos milhões da Champions a que, em maior ou menor quantidade, já se habituou. Apesar da forma pouco ortodoxa como abandonou a prova, esmagado pelo Bayern, o Sporting arrecadou uma fortuna ao longo da fase de grupos e é para não baixar essa fasquia que deve agora bater-se com unhas e dentes.
.png)
